sexta-feira, 11 de março de 2011

S.

Chega-se só
ao silêncio.
Universo portátil.
Espaço tenue de nós próprios.
a fazer as grandes viagens.
Quieto.
A envelhecer num tempo lento
Presente interrompido pela memória.
Silêncio
a vida por dentro.

Se tiveres de escolher um reino.

Se tiveres de escolher um reino,
escolhe o meu peito.
Geografia sem pontos cardinais,
imune ao tecto estelar
ilegível por astrolábio.
Continente devastado,
ilha de nós próprios.
Socalco de pele,
cordilheira de respiração.
Coração pulsante
terramoto de nós mesmos.
Território por explorar,
já ocupado pelo sonho.
O meu peito.
Vastidão do amor á solta
que conquistaste,
tornaste teu
com um sussurro.

sábado, 5 de março de 2011

Estes ultimos dias que acabaram de passar.



Aqui estes ultimos dias que acabaram de passar.
A vida prestes a ser memória recente.
Capturar luz, sem aviso.
Diário de minutos, segundos.
E o tempo ali,
decepado pelo olho mecânico.
Não é passado, é um momento só.