Entra pela noite dentro
uma claridade de lua e de olhos despertos.
Cala fundo a solidão da hora
e as palavras a serem escritas
Destino implorado
contra a morte da memoria.
Dorme-se agora por aí.
São oníricas as paisagens de quem
sem o apelo da alvura do papel
sem a traição da lembrança só
Só abre os olhos depois de os fechar.
Nada se move.
O céu agora com o croma do infinito
é sozinho.
Entra pela noite dentro.